Data de Publicação: 11 de Julho de 2016
Segundo o parlamentar, o prefeito João Alves Filho (DEM) teve os três anos do mandato para apresentar esse projeto e apresentou agora, às vésperas de uma pré-campanha, no recesso parlamentar. "A Câmara Municipal de Aracaju abre suas portas, janelas, corredores, salas, plenário para votar esse e outros projetos do Executivo, mais uma demonstração do desrespeito com o Legislativo e o carimbo que esta casa dá ao concordar com o que é enviado. Para alguns isso é grito de oposição, mas para mim é falta de respeito com as instituições", aponta.
O vereador Lucas ficou surpreso com o pronunciamento do representante dos servidores, Nivaldo Fernandes, e esperava outra fala. "Conversei com outros sindicalistas e está comprovado que essa aprovação vai representar um rombo na Previdência Municipal. Coincidentemente, o prefeito quando foi governador deixou um rombo na Previdência e o substituto teve trabalho para colocar em ordem, e hoje os servidores e aposentados do Estado ainda estão sofrendo por conta disso", explica.
Para Aribé, o prefeito que não senta para conversar com as categorias , que não resolve as questões salariais e tem a coragem de enviar para esta casa projetos para aprovação durante o recesso não tem credibilidade. "Vivenciamos um momento de greve e estamos votando um projeto que vai mexer na Previdência. Considero isso uma falta de respeito, de compromisso, de coerência com as atitudes. A solução é prejudicar o servidor? Criar uma diretoria com quatro membros, sendo três indicados pelo prefeito, o homem da caneta, e um eleito. Que democracia é essa que tem três governistas e um do lado do servidor?", comenta.
Aribé comenta ainda que outra gravidade é que o projeto trata de parcelamento e reparcelamento e já está admitindo a possibilidade de não pagar o parcelamento para reparcelar. "A gente ouve colegas na função de defender, mas defender isso aqui? Em nome da bancada do PSB não vamos votar favorável porque isso é uma afronta aos servidores. A portaria que está citada na justificativa cita o artigo 5, mas se for olhar a portaria 307/2013, artigo 5º-A, ela determina um prazo para se apresentar os projetos de autorização e esse prazo foi em 2013 e estamos em 2016. Portanto isso não pode ser votado, não pode nem ser apresentado e estamos aqui discutindo e votando", finaliza.
Assessora de Comunicação: Maraisa Figueiredo | Foto: Acrisio Siqueira
Descrição da Imagem: O vereador Lucas Aribé falando ao microfone na tribuna da Câmara Municipal de Aracaju